Pesquisa mostra que brasileiros são contra o uso precoce de celular

 

Smartphone, celular,  em uso.
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

O uso precoce de celulares por crianças e adolescentes é amplamente reconhecido pelos brasileiros como prejudicial, segundo levantamento realizado pelo Instituto Locomotiva e QuestionPro. O estudo aponta que 94% dos entrevistados acreditam que o acesso precoce aos dispositivos eletrônicos pode impactar na saúde e no desenvolvimento de crianças e adolescentes.

De acordo com a pesquisa, sete em cada dez brasileiros acreditam que a idade ideal para ter o primeiro celular é a partir dos 13 anos. Apesar disso, a demanda pelo aparelho ocorre antes, como explica Gabrielle Selani, gerente de pesquisa quantitativa do Instituto Locomotiva.

O levantamento traz ainda um dado que reflete na intenção do Ministério da Educação de banir o uso do celular nas escolas públicas e privadas do país. Gabrielle Selani ressalta que a proibição é apoiada por oito a cada dez brasileiros.

No dia 20 de setembro, o ministro da Educação, Camilo Santana, informou ao jornal Folha de São Paulo que prepara um projeto de lei sobre o tema. A medida deve integrar um pacote com outras ações para reduzir o uso excessivo de telas por crianças e jovens, e pode ser apresentada ao Congresso Nacional ainda este mês.

Gabrielle Selani, do Instituto Locomotiva, destaca ainda a avaliação dos entrevistados dos efeitos negativos que o uso precoce do celular pode ter, como o uso viciante, interferência no sono e ainda desenvolver ansiedade ou depressão.

A pesquisa nacional ‘Infância e uso de telas’, realizada de 24 de junho a 8 de julho deste ano e publicada este mês, entrevistou cerca de 1.500 pessoas com 18 anos ou mais. A margem de erro é de 2,5 ponto percentual.