Após declarações de Lula, dólar fecha a R$ 5,61 e Ibovespa cai

Após declarações de Lula, dólar fecha a R$ 5,61 e Ibovespa cai

José Carlos Brito
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Igo Estrela/Metrópoles @igoestrela
Presidente Lula participa da cerimônia de sanção da lei que moderniza a Lei Geral do Turismo Metropoles

As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre isentar salários de até R$ 5 mil nesta sexta-feira (11/10) levaram o dólar e os juros futuros às máximas do ano, e ampliaram a queda do Ibovespa.

Em entrevista à rádio O Povo/CBN, de Fortaleza (CE), Lula afirmou que quem “vive de especulação” deveria pagar. A sinalização de que o governo deve aumentar os gastos reacendeu as preocupações do mercado com o quadro fiscal do país.

Ao longo de todo o dia, a moeda americana oscilou e chegasse a R$ 5,65, a máxima do dia. O dólar encerrou os negócios no mercado à vista em alta de 0,50%, negociado a R$ 5,61, o maior nível em um mês. Na semana, a moeda americana subiu expressivos 2,92%.


A declaração de Lula ocorreu após o presidente ser questionado sobre a proposta em análise pelo governo de criar uma espécie de “imposto mínimo de milionários” para compensar a perda de arrecadação com a mudança na tabela de isenção. Atualmente, está isento quem ganha até dois salários mínimos (R$ 2.824).

“O rico paga proporcionalmente menos imposto do que o trabalhador. Eu acho que nós temos que tirar de alguém. E esse debate, para mim, não tem que ser feito um debate escondido, não. Tem que ser público”, afirmou o presidente.

A isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil é uma promessa de campanha de Lula, que de tempos em tempos reafirma que pretende cumprir o compromisso até o final do mandato, em 2026.

O Ibovespa também foi impactado e encerrou sessão em queda de 0,28%, aos 129.992 pontos. Na véspera, o índice havia subido 0,30%, aos 130.353 pontos. Com o resultado, acumulou uma queda de 1,09% na semana, perdas de 1,11% no mês e um recuo de 2,86% no ano.

Inflação americana

Além das declarações de Lula, o resultado é também fruto da repercussão do mercado dos dados divulgados nos últimos dias, principalmente os de inflação, divulgados no Brasil e nos Estados Unidos. Aqui no Brasil, a inflação subiu 0,44% em setembro, puxada sobretudo pelo aumento da conta de luz e pelos preços dos alimentos. A alta fez o mercado reforçar suas expectativas de que o Banco Central (BC) deve continuar elevando a Selic, taxa básica de juros, nos próximos meses.

Nos Estados Unidos, a inflação também subiu, a 0,2% em setembro, mas mostrando uma desaceleração, ao mesmo tempo em que o mercado de trabalho americano dá sinais de arrefecimento. Com os dados divergentes, investidores esperam que o Federal Reserve (Fed) continue cortando os juros no país, mesmo que com menor intensidade.

Fonte: Metropoles

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