Dólar — Foto: Karolina Grabowska/Pexels
O dólar voltou a operar em alta nesta terça-feira (2) e chegou à casa dos R$ 5,70. A moeda americana só deu alívio no fim do dia, depois de um enfraquecimento no exterior e rumores de que o BC poderia promover uma intervenção no mercado de câmbio. Terminou o dia na casa dos R$ 5,66, maior patamar desde 10 de janeiro de 2022, quando custava R$ 5,6742.
Mais uma vez, investidores repercutiram críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Banco Central do Brasil (BC), em especial as dirigidas à presidência da instituição.
Em entrevista à Rádio Sociedade, em Salvador (BA), Lula disse que há um "jogo de interesse especulativo" contra o real e que o governo avalia medidas. O presidente diz que a reação de alta da moeda americana após as críticas feitas por ele ao Banco Central e ao seu presidente, Roberto Campos Neto, "não têm explicação".
Na segunda-feira, Lula disse que o próximo presidente da instituição olhará para o Brasil "do jeito que ele é, e não do jeito que o sistema financeiro fala". Após esses comentários, o dólar encerrou o dia vendido a R$ 5,6527, no maior patamar desde 10 de janeiro de 2022.
Mais tarde, durante a noite, Lula afirmou em discurso que que não tem que prestar contas a "banqueiro" ou a "ricaço", mas sim ao povo pobre do país.
Nesta terça, Campos Neto respondeu de forma indireta: disse que a interrupção do ciclo de quedas da taxa básica de juros "tem a ver muito mais com ruídos que nós criamos do que com os fundamentos [da economia]". (saiba mais abaixo)
É a terceira alta seguida do dólar. Em 27 de junho, custava R$ 5,5079.
- 28 de junho: R$ 5,5884;
- 1º de julho: R$ 5,6527;
- 2 de julho: R$ 5,6652.
O dólar fechou em alta de 0,22%, cotado a R$ 5,6652. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,7007.
G1
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